Participei direta e indiretamente de vários projetos e campanhas como o Coração Infantil, Vasco Dívida Zero, Vascaíno É Sangue Bom, Amovasco, Amigos do Vasco, sempre com o intuito de buscar mais a promoção da marca Vasco.
Infelizmente nos últimos anos, desde o começo do século, o Vasco vem sendo atacado não por seus rivais históricos, mas por muitos que se acham 'donos' do clube. São ações que prejudicam o clube sobremaneira, omissões em determinados casos, manobras de bastidores para prejudicar dirigentes do clube para poder voltar ao poder sem, contudo, ter o mínimo de bom senso de que essa atitude prejudicou o Vasco em competições e por conseguinte em sua estrutura e planejamentos financeiros e administrativos.
O Vasco hoje é uma vítima daqueles que deveriam, incondicionalmente, agir em defesa do clube.
Péssimos dirigentes, decisões equivocadas, contratações pífias, manutenção de jogadores sem a menor condição de ostentar a sagrada camisa do Vasco.
Alguns irão dizer que o Vasco não tem recursos para buscar jogadores à altura de suas tradições, e é verdade, os próprios dirigentes que aí estão colocaram o Vasco nessas condições, mas não é preciso uma fábula em dinheiro para contratar bem.
Exemplos estão às dezenas pelo futebol. Clubes com recursos infinitamente inferiores ao do Vasco, conseguem montar equipes competitivas sem gastar tanto dinheiro.
Apesar de todos os problemas do clube, ainda temos, mesmo que aquém da grandiosidade do Vasco, recursos que dão para se trabalhar bem, desde que se tenha planejamento, visão administrativa, e não a velha e arcaica maneira de se 'tocar' um clube que nossos dirigentes.
Os bastidores do Vasco estão recheados de assuntos de todo tipo.
Que os dirigentes da atual diretoria teriam adquirido, assim que confirmada sua ascensão à diretoria do clube, veículos de luxo.
Que determinados parentes do presidente, apesar de não ter nem emprego ou profissão definidas, nem cargo no Vasco, estão diuturnamente no clube, fazendo as vezes de dirigentes, se reunindo com os atletas, promovendo discussões no clube, e até se envolvendo em polêmicas com jornalistas e profissionais que atuam durante os jogos do Vasco em São Januário.
Que há um racha sem precedentes no elenco de futebol profissional, e até mesmo entre o presidente e o tal parente que detém, de fato e não de direito, poder de mando no clube.
Que apesar de manter os pagamentos de salários em dia, o clube no clube é de insatisfação com o momento atual, mas o presidente, que sempre administra com 'mão de ferro' não dando a menor possibilidade de questionamentos de suas decisões e determinações.
Que apesar de o Vasco ter ingressado no programa do governo de recuperação do esporte, o Profut, o Vasco teria de reformar o estatuto para se adequar as normas do programa e ainda não teria realizado todas as reformulações que são exigidas para que não venha e ser excluído do programa.
Que as torcidas 'eleitas' pelo presidente para serem proibidas de entrar em São Januário com seus materiais, o foram pelo simples fato de alguns integrantes terem protestado pelo momento e situação do time de futebol atual.
Que o atual, mas afastado desde dezembro de 2015, VP de Futebol José Luís Moreira nunca foi substituído e que um clube como o Vasco não poderia em hipótese nenhuma ficar sem um dirigente na modalidade de maior importância no clube.
OPOSIÇÃO E ELEIÇÃO
Estamos há um ano do pleito eleitoral do Vasco, mas coloquem os seus ouvidos ao chão como faziam os índios nativos norte-americanos para saber se estavam à caminho os soldados do exército.
Como relatei acima, o estatuto não foi reformulado para atender exigências do Profut, então a qualquer momento podemos ter uma surpresa com uma imposição de mudanças no estatuto, e a maior surpresa que poderia atingir o clube seria a prorrogação do mandato do presidente em mais um ano, já que as determinações do programa preveem mandatos de quatro anos.
Outra questão que devemos ficar atentos é quanto aos possíveis candidatos que já se articulam para se colocar à disposição do quadro social do Vasco.
Apesar de que nenhum grupo político definiu seus nomes, alguns deles já foram ventilados, seja em grupos em redes sociais, ou citados em pesquisas eleitorais que já começaram a surgir, mesmo que suas situações perante o quadro associativo do Vasco ainda não permitam que sejam candidatos como é o caso do ex-atleta Edmundo.
Mas alguns possíveis candidatos são lembrados pelos torcedores, e embora não tenham nem ao mesmo intenção de serem candidatos, podem ser demovidos de suas decisões já que dependem de diálogos com grupos e movimentos políticos.
Para os que quiserem saber, ou conhecer alguns dados sobre a corrida eleitoral do Vasco, acessem o site Webvasco e vejam a recente pesquisa realizada por integrantes daquele portal.
Lembramos que os nomes citados foram citados pelos torcedores sejam em redes sociais, comentários em sites de notícias vascaínas, ou em grupos políticos que tem interesse em propor candidatos.
OPINIÃO
A torcida está cheia de tantos desmandos. Saturada com tantos problemas. Triste com a situação atual do clube. E muito preocupada com o presente e o futuro do Vasco.
Há 16 anos, quando o Vasco estava decidindo a Copa João Havelange, o Brasileirão de 2000, que teve de ser decidida em janeiro de 2001, no Maracanã, após o fatídico dia da queda do alambrado de São Januário, a torcida estava em êxtase.
Não era para menos, tínhamos um time de dar inveja aos grandes clubes europeus, tipos como os melhores do mundo, vinhamos de uma fantástica final de Copa Mercosul no parque antártica naquele jogo que ficou conhecido como a VIRADA DO MILÊNIO, um time praticamente imbatível com o chamado Quarteto Fantástico do Vasco composto por Romário, Euller, Juninho e Juninho Paulista dando show dentro dos gramados.
À exceção da campanha de 2011, esse século não viu times do Vasco que dessem orgulho aos seus torcedores. Um campanha razoável em 2003 culminou com a conquista do Campeonato Carioca, e nos dois últimos anos um Bicampeonato Carioca, mas com descenso à série B pela terceira vez, minaram a alegria do torcedor em ser campeão regional.
Elencos formados somente com jogadores recusados nos grandes clubes brasileiros, outros no absoluto ostracismo, alguns que estavam acabados para o futebol como o atacante Leandro Amaral, mesmo tendo se notabilizado no clube, eram os nomes que o torcedor tinha de aturar no time.
Campanhas cada vez mais aquém do clube, nas últimas colocações na classificação ano a ano, até que em 2008, a primeira queda.
Um misto de culpa do presidente até junho, Eurico Miranda, e do recém eleito e empossado Roberto Dinamite, o Vasco buscou forças junto à torcida para sair desse que seria o primeiro e único descenso do clube. Campanha irretocável, apesar de ter de montar um time do zero, já que o Roberto Dinamite recebeu o clube sem dinheiro, sem patrocinador master desde 2001, e sem jogador.
O torcedor abraçou o Vasco em 2009, subimos como deve ser, como o melhor da competição, apesar de saber que não é um título a se comemorar, mas se é o Vasco dentro das quatro linhas, nas quadras e ginásios, tem de ser o melhor, sempre.
Mas o Vasco estava somente começando seu calvário.
Um hiato com calmaria durante o primeiro mandato de Roberto até que o desmanche, primeiro da diretoria que abandonou o Vasco, ficando o presidente Dinamite e alguns poucos que resolveram tocar o barco. Mas quando os jogadores daquele elenco, Campeão da Copa do Brasil em 2011, começou a ser negociado um a um, os jogadores que ficaram e as contratações em nível inferior aos anos anteriores, fizeram com o time começasse sua queda livre.
Nesse momento de turbulência ao extremo que atingiu a Nau Vascaína somente um coisa salva o Vasco de algo pior: Sua Torcida.
Não falo de quebra-quebra como alguns começam a comentar nos sites, mas de unir todos em prol do clube.
Conscientizar cada um de que, primeiro, temos de apoiar, embora seja difícil buscar forças para aplaudir os jogadores nesse momento, e após a confirmação do acesso à elite novamente, juntar todas as correntes políticas ou não, movimentos, campanhas, grupos, torcidas organizadas, oposição e situação, atletas em todas as modalidades e esferas esportivas.
Utopia? Acredito que sim, mas se não deixarem a vaidade de fora e pensar exclusivamente no Vasco e como planejar o futuro do clube, com administração séria e moderna, buscando sinalizar ao mercado que o momento do Vasco é deve ser o da transparência e excelência em todas as suas áreas de atuação, não teremos um clube para deixar como legado para nossas futuras gerações.
Um Gigante como o Vasco não pode sucumbir pelas mãos daqueles que um dia prometeram lhe defender.
A única forma de sairmos dessa turbulência para mares calmos, e um futuro promissor é com você que acabou de ler essa coluna e ficou tocado com tudo.
Não abandonem o Vasco à própria sorte, integrem a 'Corrente do Bem' que vai levar o Vasco, agora sim, para o Século XXI, moderno e totalmente voltado para um tempo de bonança e prosperidade.
As opções para tirar o Vasco desse momento irão surgir, fiquem atentos e busquem as melhores opções e traga o seu orgulho de Ser Vasco de volta para o lado esquerdo do peito.
Jorge Luiz Alves Bezerra
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Fonte: Blog Paixão da Gama (texto e imagem).